série "Portas & Janelas" IV - Pushkar, Índia

Pushkar, 2016

Na Índia não há intermédios, não há indecisões. É preto ou branco, sim ou não, amor ou ódio.
Tudo é intenso. Não há suavidade no ritmo de vida, na falta de espaço individual, na sujidade, nos cheiros, na pobreza e na poluição. Até a curiosidade. Tudo é exacerbado na Índia. Até as cores.
As cores são vibrantes, vívidas, exageradas, e de alguma forma, na quase inconsequente (para um ocidental) forma de as misturar, tudo resulta de uma forma fascinante.

Em Pushkar, por detrás de um senhor que esmagava canas de açúcar para extrair o seu sumo, talvez o meu preferido de sempre, e onde me estava a consolar (e consolando também o vendedor) bebendo vários copos dele, estava uma janela.
Uma janela que não fosse eu a fotografar, diria logo que era da Índia. Só aqui alguém pinta uma fachada de uma casa de alto a baixo de um amarelo como poucas vezes vi, com a janela (e também a porta) da mesma cor. Desta vez não misturaram cores mas o resultado é... intenso.





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