next stop - Omã

O Médio Oriente está desde há uns meses, quatro nesta altura, a ferver. Está literalmente, e dolorosamente, a ferro, fogo, muito sangue e lágrimas (palestinianas). 
Em Março do ano passado, estive na Síria e Líbano e sentia os ventos tensos e inquietantes desta zona do planeta.

Quando visitava Latakia e estava a caminho de Aleppo, soube que Israel tinha bombardeado o aeroporto. No dia a seguir, já em Beirute, soube que Damascus tinha sido bombardeada igualmente por Israel e na capital libanesa sabia-se que algo semelhante iria acontecer. O que de facto aconteceu, poucos dias depois. Já estava em Portugal. 

Há cerca de um mês desafiaram-me para visitar Omã, situado no canto inferior direito da península arábica. Não tive quaisquer problemas em dizer que sim. 
Iémen, outro país da peninsula arábica, está agora nas páginas centrais dos jornais e frequentemente abre os jornais televisivos.
Iémen é o único país do mundo que está de facto a enfrentar Israel e a corja que os sustenta por causa do genocídio em curso na Palestina.
Porquê mencionar o Iémen? Porque que este país árabe faz fronteira a sudoeste com Omã.

Para muitos e muitos, se um país está em guerra, então todos os outros estão também. O que não é verdade.
Quando estive na Jordânia, este país que faz fronteira com a Síria, estava quase sem ocidentais. Na altura, a Síria estava ainda a contas, não só com uma guerra civil mas também em guerra com o Daesh. 
Para os turistas, o país que tem um dos desertos mais belos do mundo, e a maravilhosa Petra, estava contaminado pelo que se vivia na altura no país vizinho. Nada podia estar mais errado.

E é o que se passa agora com Omã, vizinho do Iémen: nada. Portanto se há melhor altura para visitar um dos países mais bonitos, cénicos e boa onda do Médio Oriente, é agora.
Porque acreditem, Omã, será a médio prazo uma pérola do Médio Oriente. Não serão precisos muitos anos para que Omã esteja na mira dos roteiros turísticos dos ocidentais. Tem muito para oferecer. Montanhas, deserto, mar, lagos, arte, artesanato e arquitectura. É um país seguro e politicamente estável. 
E quando isso acontecer, nessa altura, é mesmo de fugir.









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