Crónicas da Turquia,Istambul - primeiras impressões


Sempre que saio do aeroporto, a primeira coisa que faço é entender o país ou a cidade que me acolhe.

Entender os meios de transporte e a sua lógica, encontrar um canto recatado e fazer um reconhecimento e separação das moedas e notas pelo seu valor, procurar sinais e tabuletas que possam conter informação que me seja útil ou, à falta de melhor os "bonecos" que me traduzam o que procuro: casa de banho, metro, táxi, autocarros, saída, câmbio, etc…

De seguida, e já na rua, gosto de fazer as primeiras leituras do local onde estou.




Gosto de ouvir a sonoridade da língua local, olhar para os rostos, para as indumentárias que esses rostos envergam, para as tabuletas, a arquitectura, para o que se come na rua e quais os aromas que se libertam, para a limpeza, se a vida é calma ou se pelo contrário é de passo apressado.
Assim foi a chegada a Istambul. E a leitura que fiz, foi que podia estar em… Lisboa!
Transmitiu-me a confortável sensação de "estar em casa". Uma cidade funcional de ruas cinzentas, aparentemente caóticas, ritmadas e sujas.
Uma cidade com uma banda sonora que qualquer lisboeta está habituado a ouvir e que reconhece como sua.




Encontramos o ruído típico dos eléctricos, do chiar
dos seus rodados nos carris, as buzinas apressadas, semáforos mal cumpridos, vendedores ambulantes com os seus pregões, os insistentes convites para entrar nos restaurantes, os "cacilheiros" (vapur) e ferrys que cirandam entre o estreito do Bósforo e o Corno Dourado com trajectórias aparentemente indisciplinadas "despejando" pessoas e carros, gaivotas atarefadas pousando aqui e ali, e até os cheiros que vulgarmente impregnam estas áreas, misto de petróleo, peixe e maresia.

Sei que vou gostar de Istambul. É inevitável.


Comentários

  1. Ola ! vejo que eh bom, bem preparado para as viagens. Aprendi algumas coisas passando por aqui hshshhs , parabéns pelo blog. Abraço...

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