next stop - Turquia


Infelizmente e ao contrário de Gonçalo Cadilhe, para mim voar é viajar.
Contudo, concordo com a sua afirmação que “voar não é viajar”.
O avião é o que temos de mais próximo de um portal no tempo. Entramos numa cidade e saímos noutra. Pelo meio, eventualmente não há nada, apenas um fio de horas a desfilar lentamente no nosso relógio, a menos que façamos do vizinho ao nosso lado, se este estiver para isso, um prólogo para o nosso destino.

Voar é efectivamente um meio de transporte muito incolor, estéril e monótono. É asséptico. Priva-nos de aromas, cores, de rostos, e sorrisos. Voar serve “apenas” para transportar expectativas e anseios sobre o que estará do lado do portal quando lá chegarmos.
Mas para quem vive do castrante, rotineiro e claustrofóbico horário 08.30-17.30, voar é acima de tudo sinónimo de aventura, descoberta e alargamento de horizontes.
Ou seja, voar é óptimo!

Tudo isto porque sinto o bichinho da viagem já a mexer.
Acontece quando a decisão de viajar já está tomada e particularmente quando já tenho data para embarcar no portal do tempo que neste caso me irá levar de Lisboa a Istambul. A cidade indecisa entre dois continentes.
O próximo destino, será Turquia.





Comentários