É mais um país estigmatizado. Tal como Vietname, Camboja, ou Ruanda, a Etiópia é um país marcado pela dor. No seu caso em particular pela fome.
Durante os anos de 1984 e 1986 terão morrido cerca de um milhão de etíopes por causa de uma das fomes mais avassaladoras que a Etiópia terá passado. Duas causas são apontadas.
Um período de seca anormalmente longo e por causa disso uma especulação sobre bens alimentares que fez disparar os seus preços, tornando-os praticamente inacessíveis à população, e à guerra da independência que opunha a Eritreia à Etiópia que culminaria com a independência e reconhecimento da autonomia da Eritreia em Maio de 1991.
Nessas alturas em Portugal e em outros países contavam-se anedotas sobre a Etiópia.
Tudo servia para as contar: paraquedas, elevadores, cabines telefónicas, galinhas, pacotes de arroz, supermercados, etc..., etc...
Eu também as contava e ria-me das que ouvia.
Na altura, era um adolescente de barriga bem cheia que não tinha a real percepção e noção sobre o que brincava. Ou seja, até sabia que não era bom, mas não tinha a mínima ideia de quanto mau era.
Agora passados quase trinta anos sobre as anedotas e sobre a terrível fome de 84-86, parto hoje para a Etiópia. O país que me irá acolher e onde passarei as próximas semanas.
Não sei exactamente que tipo de país irei encontrar. Mas quando se tem pelo o menos, as tribos do Vale do Omo, o Vale do Rift, as Montanhas Simien, Lalibela e é a terra prometida dos rastafari tantas vezes cantada por Bob Marley no mínimo será fascinante.
E não me passa pela ideia ir rir-me deles, mas sim e muito, rir-me com eles.
Até daqui a umas semanas :)
Durante os anos de 1984 e 1986 terão morrido cerca de um milhão de etíopes por causa de uma das fomes mais avassaladoras que a Etiópia terá passado. Duas causas são apontadas.
Um período de seca anormalmente longo e por causa disso uma especulação sobre bens alimentares que fez disparar os seus preços, tornando-os praticamente inacessíveis à população, e à guerra da independência que opunha a Eritreia à Etiópia que culminaria com a independência e reconhecimento da autonomia da Eritreia em Maio de 1991.
Nessas alturas em Portugal e em outros países contavam-se anedotas sobre a Etiópia.
Tudo servia para as contar: paraquedas, elevadores, cabines telefónicas, galinhas, pacotes de arroz, supermercados, etc..., etc...
Eu também as contava e ria-me das que ouvia.
Na altura, era um adolescente de barriga bem cheia que não tinha a real percepção e noção sobre o que brincava. Ou seja, até sabia que não era bom, mas não tinha a mínima ideia de quanto mau era.
Agora passados quase trinta anos sobre as anedotas e sobre a terrível fome de 84-86, parto hoje para a Etiópia. O país que me irá acolher e onde passarei as próximas semanas.
Não sei exactamente que tipo de país irei encontrar. Mas quando se tem pelo o menos, as tribos do Vale do Omo, o Vale do Rift, as Montanhas Simien, Lalibela e é a terra prometida dos rastafari tantas vezes cantada por Bob Marley no mínimo será fascinante.
E não me passa pela ideia ir rir-me deles, mas sim e muito, rir-me com eles.
Até daqui a umas semanas :)
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| Bandeira da Etiópia |
Gostei muito das tuas aventuras transmongolianas e vou seguir-te na Etiópia! :-) Boa viagem!
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