next stop - Sri Lanka

Quando surgiu a oportunidade de viajar para o Sri Lanka, a antiga Ceilão, hesitei um pouco.
Estive recentemente (em 2016) na Índia e esta ilha situada no sudeste da Índia não me oferecia o distanciamento geográfico e acima de tudo cultural que desejava. Imagino o Sri Lanka como um resort mais ou menos luxuoso, uma ilha a roçar o paradisíaco, algo que nunca me deixa muito entusiasmado.

Em contrapartida, do sul asiático só conheço a Índia e viajar para o Sri Lanka é uma oportunidade de alargar o meu conhecimento nesta parte da Ásia.
A somar a isto está a mítica Sirigiya, a cidadela construída no topo de uma formação rochosa que ronda os duzentos metros de altura e que os defensores da teoria dos astronautas antigos defendem ter tido origem extraterrestre, além de ser o país de origem de um dos chás mais apreciados e com nome português: Ceilão.

Tal como o Caboja, Vietname, ou o Ruanda, este país está profundamente estigmatizado pela guerra civil que opôs os Tigres Tamil, que pretendiam a criação de um estado Tâmil no norte do Sri Lanka, ao governo cingalês.
Esta tensão, atingiu o seu auge quando a violência entre estas duas etnias eclodiu na década de 80, durando até ao final de 2009, altura em que o conflito cessou. Cerca de setenta mil pessoas terão morrido durante este período.
Isto significa que a ilha está a conhecer pela primeira vez em décadas, um razoável período de estabilidade política e social.

Estes acontecimentos ainda estão na memória recente do mundo. Enquanto isto acontecer o Sri Lanka não estará ainda debaixo do olho do turismo massivo ocidental. Mas rapidamente, em muitos poucos anos, este cenário de pouca procura turística mudará.
Por isso aproveitei esta oportunidade para viajar à frente do turismo destrutivo até ao país em forma de jóia que Camões logo na primeira estrofe, do primeiro canto dos Lusíadas, chamava de Taprobana.









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