série "Rostos do Meu Rosto" - IX


Rugas? Porquê todo este barulho?? Pensem nelas como traços de distinção: marcas de maturidade.

Alex Morritt


A primeira e a última fotografia desta série são muito especiais e relevantes para mim.

A primeira porque é uma velhota com um rosto adorável com rugas profundamente vincadas, representando muitas histórias de vida e que o tornam fascinante.
Estava sentada debaixo de uma árvore, num banco de madeira, muito próximo de um templo budista.
Sempre com acenos de cabeça, deixou que lhe tirasse várias fotografias. E quando lhe mostrei as imagens que tinha tirado, quando olhou para esta, sorriu rasgadamente e apertou a minha mão com as duas dela. O seu toque era extraordinariamente suave. Nunca falou.

A última é muito divertida.
Uma velhota de rosto algo cavado, muito sorridente que lia a sina nas palmas das mãos por poucos milhares de dongs (um euro são mais de duas dezenas de milhares de dongs).
Havia um grupo de ocidentais perto dela e leu as sinas às raparigas quase todas do grupo.
O destina sorria-lhes sempre. Encontravam um homem ou ao fim de vários iriam encontrar um que as fazia felizes. Quem se divorciava acabava sempre com muito dinheiro, as heranças eram sempre abastadas, as casas eram usualmente grandes, os filhos nunca eram menos de dois e as viagens nunca eram menos que muitas.
Os poucos homens que lá foram, também iriam ganhar muito dinheiro, ter carros caros, várias amantes e iriam viajar para todo o lado.
Não vi ninguém que tivesse ficado triste com esta fortune teller.


mosteiro budista Gandantegchinlen, Ulaanbaatar, Mongólia


Abyaneh, Irão


templo Wat Phou, Champasak, Laos


Velha Deli, Índia



Hoi An, Vietname



Comentários

  1. Capta com as palavras como escreve com a luz: com subtileza e delicadeza - para trazer ao de cima os melhores sentimentos.

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