Quando há uns anos, as manifestações contra a globalização estavam na moda, pensava que esta já existia há mais de dois milénios. E foi o segundo grande fenómeno de globalização, há pouco mais que quinhentos anos que iniciou o declínio da primeira.
Refiro-me à descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498 que traçou o fim da Rota da Seda, que unia o Extremo Oriente (China) à Europa.
Durante séculos esta rota trouxe a seda até à classe alta, burguesa e luxuosa da Europa.
De facto não se deve falar de uma rota da seda, mas de várias, incluindo uma marítima. Partindo da rota mãe, ramificava-se em outras que levavam a seda (e não só) a diversos pontos da Europa e de África, nomeadamente o Egipto.
A seda que era feita com os fios com que os bichos da seda construíam e teciam os seus casulos e que apenas a China, que ciosamente guardava o segredo, sabia como a produzir.
Dos vários países que esta rota cruzava, o que agora se chama Uzbequistão, um dos novos países que resultaram do colapso da antiga URSS em 1991, é o mais central. Era aqui a paragem de eleição para os comerciantes pararem, recuperarem da jornada e cuidar dos seus animais.
Três grandes cidades uzbeques estavam na sua mira: Khiva, Bukhara e Samarcanda.
Tal como os comerciantes e mercadores da altura, também será nestas cidades - mas não só - que passarei uma parte significativa da minha viagem.
Para além de ser um país em que há uma dificuldade generalizada em pronunciar de uma só vez o nome e saber em que parte do mundo ele se encontra, a pergunta mais difícil que me fazem sobre ele é:
- Como se escreve?? Com um ou dois és?
- Tem só um.
- É ao lado do "z" ou do lado "b"??
- É do lado "b". O "z" não tem "e".
- E como se chamam os habitantes desse país?
- São os uzbeques.
- E também só leva um "e"??
- Sim. Leva só um.
Refiro-me à descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama em 1498 que traçou o fim da Rota da Seda, que unia o Extremo Oriente (China) à Europa.
Durante séculos esta rota trouxe a seda até à classe alta, burguesa e luxuosa da Europa.
De facto não se deve falar de uma rota da seda, mas de várias, incluindo uma marítima. Partindo da rota mãe, ramificava-se em outras que levavam a seda (e não só) a diversos pontos da Europa e de África, nomeadamente o Egipto.
A seda que era feita com os fios com que os bichos da seda construíam e teciam os seus casulos e que apenas a China, que ciosamente guardava o segredo, sabia como a produzir.
Dos vários países que esta rota cruzava, o que agora se chama Uzbequistão, um dos novos países que resultaram do colapso da antiga URSS em 1991, é o mais central. Era aqui a paragem de eleição para os comerciantes pararem, recuperarem da jornada e cuidar dos seus animais.
Três grandes cidades uzbeques estavam na sua mira: Khiva, Bukhara e Samarcanda.
Tal como os comerciantes e mercadores da altura, também será nestas cidades - mas não só - que passarei uma parte significativa da minha viagem.
Para além de ser um país em que há uma dificuldade generalizada em pronunciar de uma só vez o nome e saber em que parte do mundo ele se encontra, a pergunta mais difícil que me fazem sobre ele é:
- Como se escreve?? Com um ou dois és?
- Tem só um.
- É ao lado do "z" ou do lado "b"??
- É do lado "b". O "z" não tem "e".
- E como se chamam os habitantes desse país?
- São os uzbeques.
- E também só leva um "e"??
- Sim. Leva só um.
Muito boa introdução a esta rota que também ( e tão bem) traçamos... parabéns! (Já consigo dizer e soletrar este país. Talvez porque o tenha carimbado no meu passaporte, e na minha vida! )
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