Em 2012, no dia dos Mortos, estava em Sucre, uma pacata e bonita cidade colonial boliviana situada no sul do país.
Fui ao cemitério local ver como este dia era vivido e como em quase toda a América do Sul e Latina, ele é profundamente ritualizado.
Na entrada do cemitério estava colocada uma grande mesa e por cima dela as pessoas colocavam os pratos preferidos dos mortos e ao seu lado a bebida que estes mais gostavam de beber.
Havia arcos de papel de cor púrpura e roxa, representando a fronteira entre o céu e a terra, e pães com o formato de escadas e escadotes para que as almas do que tinham partido pudessem descer (e depois subir) do céu e comer os pratos que tinham sido propositadamente cozinhados para eles.
Os bolivianos fazem exactamente o mesmo. Estes altares, com os mesmos símbolos, são montados e são retirados dois ou três dias depois.
Dentro do cemitério havia cegos sentados nos bancos ou próximos dos túmulos, que cantavam ladainhas sem cessar e seguravam nas suas mãos terços, rosários, santos e fotografias de pessoas.
Mais tarde vim a saber que eles eram pagos pelas famílias dos mortos para rezarem e orarem pelas suas almas. A razão porque o faziam, era que estas pessoas, por serem cegas, não se distraiam com o que se passava à sua volta, logo as suas orações chegavam mais depressa aos céus, a Deus.
Fui ao cemitério local ver como este dia era vivido e como em quase toda a América do Sul e Latina, ele é profundamente ritualizado.
Na entrada do cemitério estava colocada uma grande mesa e por cima dela as pessoas colocavam os pratos preferidos dos mortos e ao seu lado a bebida que estes mais gostavam de beber.
Havia arcos de papel de cor púrpura e roxa, representando a fronteira entre o céu e a terra, e pães com o formato de escadas e escadotes para que as almas do que tinham partido pudessem descer (e depois subir) do céu e comer os pratos que tinham sido propositadamente cozinhados para eles.
Os bolivianos fazem exactamente o mesmo. Estes altares, com os mesmos símbolos, são montados e são retirados dois ou três dias depois.
Dentro do cemitério havia cegos sentados nos bancos ou próximos dos túmulos, que cantavam ladainhas sem cessar e seguravam nas suas mãos terços, rosários, santos e fotografias de pessoas.
Mais tarde vim a saber que eles eram pagos pelas famílias dos mortos para rezarem e orarem pelas suas almas. A razão porque o faziam, era que estas pessoas, por serem cegas, não se distraiam com o que se passava à sua volta, logo as suas orações chegavam mais depressa aos céus, a Deus.
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| Sucre, Bolívia |
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| Udaipur, Índia |
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| Dambulla, Sri Lanka |
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| Don Det, Laos |
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| Wadi Mujib, Jordânia |





Olhares que dispensam palavras.
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