Tinha acabado de cumprir um check point, numa esquadra de polícia, mostrando o meu passaporte e um documento dado pelo posto de controlo anterior. Estava a caminho de Siwa depois de ter deixado Bawiti, com os espantosos White e Black Desert, para trás. A estrada para entre estes dois oásis egípcios é fortemente controlada devido à proximidade com a Líbia.
Tinha algum tempo antes de me juntar aos meus guias e cirandei pela pequena aldeia de uma cor monotonamente barrenta. Enquanto caminhava para um café para queimar tempo, cruzei-me com este homem.
Montava um cavalo branco e castanho que caminhava tão lentamente quanto os seus gestos para acender um cigarro. Ostensivamente, sem resistir ao impulso, tiro-lhe a fotografia enquanto se aproximava. quando depois passa por mim sou completamente ignorado. A tentativa de lhe fazer um par de perguntas acabou ainda antes de ter começado.
Alguns minutos passaram e quando saí do café ainda o vi, não muito distante de mim, sempre no passo ronceiro, no alcatrão da estrada.
Talvez pertença a uma das várias tribos berberes que existem nesta zona não muito longe da fronteira com a Líbia. Raras vezes vi alguém tão indiferente à passagem do tempo quanto este homem.
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