Precisei de algum tempo para tirar fotografias às mulheres da tribo Himba apesar de estarem perfeitamente dispostas a isso. As mulheres desta tribo namibiana andam com os seios desnudados, o que para o pudor ocidental é algo constrangedor.
Elas seguem um padrão de beleza rigoroso. A pele está tingida por uma inequívoca cor ocre com os cabelos da mesma cor e com elaborados penteados. A forma como estes se apresentam indicam se a mulher tem ou não parceiro. Todos os adornos que exibem são feitos pelas próprias mulheres.
Esta cor ocre, tão característica é obtida com gordura animal, misturada com argila vermelha.
A função vai mais além da mera estética. Protege-lhes a pele das agressões solares nos dias tórridos e das picadas dos mosquitos.
Quando lhe mostrei esta fotografia, senti perfeitamente o odor que exalava. Um odor estranho, muito vincado e presente. Agradável na primeira impressão mas rapidamente excessivo.
Tocou no ecrã da câmara e deixou uma marca ocre nele que não foi fácil de retirar.
Espontaneamente estendeu-me o braço para eu lhe tocar. Lentamente, o meu dedo deslizou pelo seu braço. A textura da sua pele era espantosamente suave e obviamente muito gordurosa.
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