dez anos, dez maravilhas I - Machu Picchu, Peru

Machu Picchu, Peru - Outubro 2012

Não foram escolhidas sob a égide da Unesco e o modo de votação foi bem subjectivo: pela internet. Isto faz com que eu não valorize de todo as ditas 7 Novas Maravilhas do Mundo:
  • Machu Picchu
  • Taj Mahal
  • Coliseu de Roma
  • A Grande Muralha da China
  • Petra
  • Pirâmide Chichén Itza
  • Cristo Redentor

As minhas sete maravilhas, apesar de incluírem parte das que estão listadas, são outras.
Duas que de imediato não considero como Maravilhas são o Cristo Redentor e a Pirâmide de Chichén Itza.
A primeira porque não tem nada de verdadeiramente de especial. É a única que ainda não passou pelo crivo do tempo, a sua construção data de 1931 e se os brasileiros não tivessem votado em massa, com acesso generalizado à net que têm, certamente que não estaria nesta lista.
A segunda, porque quem já tenha estado na cidade maia de Tikal, na Guatemala, sabe que há uma imponência, uma majestosidade, uma força e uma energia que emana de Tikal que não se encontra de todo em Chichén Itza. De novo, foi a democratização do acesso à internet, mais alargada por parte dos mexicanos do que pelos guatemaltecos que ditou esta eleição. E naturalmente que o México como destino turístico é mais conhecido, está muito mais massificado que a Guatemala.

Mas estamos em modo de celebração da década que o Carimba o Passaporte completou este ano. Não irei listar só as minhas sete mas sim as minhas dez maravilhas. Uma por cada ano de vida do blog.
Não serão listadas por qualquer ordem de preferência, ou de importância.
As minhas dez maravilhas são aquelas que mais me espantaram pela sua beleza, pela sua imponência, pela sua história, por desafiarem o tempo, a minha imaginação e pela quantidade de arrepios que causaram na minha espinha quando as vi.

Apesar de ter escrito que não havia uma hierarquia de preferências na minha lista de Maravilhas, tal não se aplica à primeira delas: a cidade construída no século XV pelos incas, Machu Picchu.
É a número um porque de facto é mesmo a minha número um. Impressiona pela sua paisagem, pela sua arquitectura, pela sua beleza, pelo seu mistério, pela força e energia que emana, pela sua mística.


Começou por estar sufocada por uma densa e prolongada neblina que anulava qualquer possibilidade de a ver. Quando finalmente e paulatinamente ela foi desaparecendo, à mesma velocidade que a icónica montanha Huayna Picchu e a cidade Machu Picchu foram aparecendo, ainda meio coroadas pela neblina, tudo parou. Parou o tempo, parou o meu cérebro. Esqueço que há pessoas à minha volta, esqueço que o mundo existe, esqueço que eu existo. Durante minutos só existe aquela visão.
Estou incrédulo, em êxtase. As pernas tremem. Presencio ao vivo aquilo que até ao momento só tinha visto em revistas, filmes, documentários ou em fotografias tiradas por outros.

É a minha vez. Finalmente tiro uma das fotografias mais icónicas por quem viaja e uma das mais desejadas por mim: a cidade inca Machu Picchu vista a partir dos seus terraços.







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